Variante Delta tem aumento de incidência no Espírito Santo, diz secretário

A incidência da variante Delta, considerada mais transmissível que as demais cepas do novo coronavírus, aumentou no Espírito Santo, segundo informações do secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes. Isso não significa, contudo, que a variante é a predominante no Estado. As informações foram repassadas em coletiva na tarde desta segunda-feira (20).

“Das 133 amostras enviadas entre julho e agosto à Fiocruz pelo Laboratório Central (Lacen-ES), 70% delas tiveram a confirmação da variante Delta. Isso não significa, no entanto, que essa é a estatística na população em geral, já que há critérios para envio das amostras, principalmente na investigação das mortes no Estado. Mas elas permitem notar um aumento na participação da cepa na transmissão comunitária, ou seja, um crescimento importante da Delta no Espírito Santo”, ressaltou Fernandes, explicando que, a partir de outubro, o exame de variante será feito no Espírito Santo e o resultado será mais rápido, de uma semana para outra.

O secretário alertou, também, para o aumento no número de internações nas UTIs Covid na rede pública do Sul do Espírito Santo. “A região apresenta aumento das internações sustentadas com ocupação de 86% nas UTIs. É um crescimento mais marcado do que nas demais regiões”, avalia.

Nésio Fernandes falou, ainda, sobre a importância de vacinação de adolescentes e a expectativa de liberação do imunizante para crianças entre 3 e 11 anos. “Para alcançarmos os 90% de cobertura, teremos de vacinar adultos e adolescentes, além de liberar a vacina para crianças. A expectativa é de que, até o final do ano, a Anvisa autorize as vacinas da Pfizer e Coronavac para idade pediátrica, permitindo que o país consiga avançar na cobertura satisfatória para contenção do vírus”, disse, afirmando que o Estado vai alcançar a imunização de 100% da população com 12 anos ou mais, com comorbidades, ainda esta semana, e a previsão é alcançar 100% da população jovem e adolescente, com a primeira dose, em outubro.

Já para os idosos, segundo Fernandes, a dose de reforço não poderá ser antecipada. “Adotamos um prazo de cinco meses. Para concluir esse grupo antes de novembro, seria preciso quatro meses. Por enquanto, não há doses disponíveis, portanto, possivelmente vamos concluir os idosos no início de novembro”.